Pela cabeça já tinha passado alugar a varanda em dias de Pré-visualizar alterações (abre numa nova janela)festividades, celebrações, confraternizações, cerimónias oficiais, etc. Agora vai ser preciso inventar maneira de ganhar mais algum cobrando entradas no jardim.
Da varanda suspeitavam-se os lucros: Em dias de procissão, colchas a adejar e filarmónica a ritmar passos dos devotos, ou quando desfilam notáveis, colunáveis e afins.
Também, se tiraram vista magnífica com um bloco de cimento armado – de suspeita construção, tantos anos considerada ilegal.
E que tal desconto no IMI?
Coisas do Abecassis (que foi da Câmara de Lisboa) e namoricos de igreja local com maçonaria nacional.
Os pedreiros-livres foram-se, vieram dinheiros de Angola.
Com o petróleo barato, agora é sede de central sindical. Em dia de inauguração.
Desta vez, sem cartazes de protesto, a tarde dos polícias fez-se serena. Até houve selfies, beijos e abraços!
Presidente foi estrela: Chegou, acenou, disse que tinha cerimónia a presidir.
No fim estaria para cumprimentos e afectos.
Mães, criancinhas, avós… Com desvelo de atenção presidencial.
Já andam pelo Facebook imagens da felicidade duma fotografia com Marcelo.
Rematada a efusão, saída do bairro a viatura presidencial, eram horas da marcha pelo Jardim do Vale Grande – a que alguns insistem chamar Parque Oeste de Lisboa.
Para encontrar por lá a passear…
Adivinhem!
Esse mesmo:
O Presidente, propriamente dito!
Marcelo à frente, Casa Militar atrás.
O passeante com a criancinha não fazia parte da comitiva, mas não resistiu a acelerar para cumprimentar.
Até a Garça restou imóvel, mal contendo a admiração!
Em boa verdade, aquela garça é o mais recente habitante do jardim. Desembocou ali há uns dias e tornou-se presença permanente das tardes do Vale Grande
Só não estou ainda convencido que se trate de uma garça real. Para mim é mesmo uma garça cinzenta que se apaixonou por aquele espaço.
Nunca a vi conviver com os patos. Nem suspeito o seu modo de alimentação.
Cumprimento de longe. É muito fugidia, de voos rápidos e deslumbrantes.
Tem poiso certo naquele meio de lago. Está a transformar-se em modelo fotográfico!
PS – Os bonecos não são grande coisa. Mas não se pode pedir mais a um telemóvel barato.
Esta história de avistamentos – e fortuito encontro – trouxe à memória a aventura colectiva de milhões de rostos (em todos os mares da língua portuguesa) pela vitória de Olivença naquele concurso espanhol.
Ainda hoje deve andar muita gente sem perceber o triunfo esmagador da Igreja de Santa Madalena que mãos portuguesas construíram do lado de lá do Guadiana.
Apaixonante o empenho e a união de esforços dos membros do Descobrir Portugal e do Café Portugal.
Decisiva foi a ajuda que do Brasil veio – do lado de lá do mar também há uma brasileira Olivença!
Como diria o Chico Buarque, foi bonita a festa, pá!