De Alcoutim a Vila Real de Santo António, para saborear margens de Guadiana. Como quem lhe navega águas, gostos e paisagens.
Ali onde o Porco é rei e o Pão conta histórias de sobrevivência e memórias do sul.
Das águas do grande rio do sul, ou do mar que lhe acaricia a costa, haverão de chegar as enguias as ostras, as amêijoas, as sardinhas, o atum… e tudo o mais que vier a propósito!
Dos caminhos íngremes escorre o leite cabreiro que se irá fazer em queijo na ponta dos dedos das mulheres que lhe oficiam segredos e artes de confecção e cura.
E sempre o sal: Alvo, finíssimo, em flor!
Ali onde o rio se casa com a terra e a fecunda em sapal.
Que é refúgio de voos de aves, cores, bailados em pontas. E histórias de branco e rosa!
O que falta em altura à figueira sobra-lhes no mel que são os figos. Quase em concorrência com esse outro (de verdade!) que as abelhas incansáveis fabricam por aqueles campos. Matizados dos aromas das cores de tanta plantas bravia…
Mas como se não chegassem as que habitam aqueles céus esplendorosos, de figo e amêndoa ainda fazem estrelas de saborear. Com um cálice de medronho e vontades de conversa!