O Douro molha-lhe os pés em Aregos, uma das suas povoações mais antigas que se derrama pelas margens.
Resende, nestas coisas dos paladares e dos sabores inconfundíveis, é vaidosa das cerejas que a Primavera traz em Maio. E, claro… das Cavacas!
Das origens deste doce pouco se sabe. Há quem o ligue aos primores conventuais do norte de Portugal, mas as referência são escassas e de pouca fiabilidade…
E, já se sabe, quando falha a história ganha força a lenda. Porque o imaginário colectivo de raiz popular encontra explicação para tudo!
Com todas as ressalvas… contamos-lha como nos chegou:
Na Idade Média, uma senhora que residia em Vinhós preparava a boda de casamento da sua filha e confeccionou o bolo de noiva. Mas o casamento teve de ser adiado devido a uma peste assolou o concelho.
As disponibilidades económicas eram poucas e a senhora viu-se obrigada a conservar o bolo até à data do casamento. Lembrou-se de lhe retirar a parte de cima e molhar o resto numa numa calda de açúcar.
Um achado: restituída a frescura, o bolo fez as delícias de todos os convidados.
Terá sido assim? Claro que não poderia ter sido. Pelo menos com acúcar. Se ainda fora com mel…
A época dos Descobrimentos ainda vinha longe. E o acúcar estava longe de chegar de ser vulgarizado. Mas, convenhamos, esta solução teria sido magistral!
Preparem-se portanto para saborear estas Cavacas de Resende. Porque, agora que lhe conhecem a lenda, só falta mesmo a receita.
Não se enervem: Está aqui à vossa espera!
Com uma certeza: é calórica que chegue! Mas perdoa-se-lhe pelo bem que sabe…
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• FONTE:
Receitas e Sabores dos Territórios Rurais, editado pela Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local.