É o tempo do bicho feio.
Parecido com a enguia… mas sem maxilas.
Isso mesmo: A lampreia!
Como diz o povo: lampreia não é peixe nem é carne, ou se adora ou se odeia.
Aqui não há meio termo. Ou se odeia ou… se gosta com paixão!
Os amantes da dita fazem quilómetros só para a poderem degustar.
É talvez o produto gastronómico capaz de motivar as deslocações mais longas na sua esteira. O tempo de lampreia é época de quase excursões até as margens de rio onde ela habita e é pescada. E onde se acoitam os santuários gastronómicos que a celebram.
Podíamos aqui falar da lampreia do Rio Minho ou do Baixo Mondego. Mas seria injustiça esquecer, por exemplo, a da Ria de Aveiro, a do Tejo e a de todos os outros rios onde neste tempo os pescadores lançam redes para a capturar.
Em tempos recuados do cristianismo, houve quem considerasse que comer lampreia era pecado. Hoje rimo-nos de tal coisa e ficamos com água na boca quando pensamos nela. Seja qual for a forma de a confeccionar.
E se há quem a prefira à bordalesa, nós não dispensamos o Arroz de Lampreia de Montemor-o-Velho. já era conhecido na Idade Média. Usa o arroz carolino produzido nos arrozais do Baixo Mondego.
Fica aí a receita. Para experimentar!
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• FONTE:
Receitas e Sabores dos Territórios Rurais, editado pela Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local.