Há quem afirme que o primeiro alfabeto do mundo terá sido criado há 6 mil anos em Trás-os-Montes.
Com 6 mil anos, tem raízes no Alvão. E terá sido criado 1000 anos antes do Alfabeto Fenício.
Um mistério!
Acredita-se que a história do alfabeto se tenha iniciado no Egipto Antigo, quando já havia decorrido mais de um milénio da história da escrita.
O primeiro alfabeto consonantal teria surgido por volta de 2000 a.C., representando o idioma dos trabalhadores semitas no Egipto (ver Alfabetos da Idade do Bronze Médio), e que foi influenciado pelos princípios alfabéticos da escrita hierática egípcia. Quase todos os alfabetos do mundo hoje em dia descendem diretamente deste desenvolvimento, ou foram inspirados por ele.
O alfabeto mais utilizado no mundo é o alfabeto latino, derivado do alfabeto grego, o primeiro alfabeto ”real”, por designar de maneira consistente letras tanto a consoantes quanto a vogais. O alfabeto grego, por sua vez, veio do alfabeto fenício, que na realidade era um abjad – um sistema no qual cada símbolo representa uma consoante.
Não se dever confundir escrita com alfabeto. A escrita terá sido inventada pelos Sumérios. O alfabeto é uma forma evoluída e padronizada de representar sons que foi criada posteriormente para uniformizar a escrita.
Os historiadores aceitam o Fenício como o alfabeto mais primitivo e rudimentar que se conhece, com cerca de 5 mil anos de antiguidade. Começam, no entanto, a surgir outras hipóteses, levantadas sobretudo por achados arqueológicos ainda por decifrar, que apontam para um surgimento anterior aos Fenícios e, o Alfabeto do Alvão, com 6 mil anos, é o melhor candidato a ser considerado o Alfabeto mais antigo do mundo.
Nos finais do século XIX, no Alvão, Nordeste de Portugal, nas mágicas terras de Trás-os-Montes, encontraram-se, junto a um dólmen, uma série de pedras esculpidas e gravadas com signos idênticos aos de Glozel e com uma antiguidade de mais de 6.000 anos, no mínimo.
Esta descoberta foi tão extraordinária que, no princípio, se duvidava dela. Só depois, após a descoberta de Glozel (França) é que foi considerada a sua autenticidade. As pedras do Alvão têm formas de animais e de homens e estão gravadas, claramente, com signos alfabéticos que no início foram considerados ibéricos.
Em 1927, José Teixeira Rego, em “Os Alfabetos do Alvão e de Glozel, Vol. III, trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, Porto, diz: Glozel é sem dúvida autêntico e tem uma estreita ligação com o Alvão”.
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