A forma como escrevemos tem um impacto fundamental na nossa credibilidade. E nunca é tarde para aprender: 50 erros de português que podem arruinar a sua imagem.
Receber um email ou um orçamento com erros leva-nos a questionar, mesmo que inconscientemente, a competência de quem está do outro lado. No caso das empresas, quando há erros no site ou nos posts partilhados nas redes sociais, é a credibilidade da empresa que está em causa.
Na minha rotina de trabalho a ler e escrever há erros que vejo quase todos os dias. Listei-os para que não o apanhem a si também. Tome nota.
Ciclo vicioso é uma expressão errada. – Círculo vicioso designa uma sucessão de acontecimentos que se repetem e voltam sempre ao ponto inicial. Ciclo designa uma série de fenómenos que se sucedem e repetem de forma ordenada, mas não necessariamente circular.
‘Convidamo-lo’ é o correto. – Na conjugação pronominal, omite-se o ‘s’ na primeira pessoa do plural do presente do indicativo, sempre que o verbo surge seguido do pronome ‘nos’. Exemplo: Convidamo-lo a visitar a nossa loja.
Construção ‘de forma a que’ não deve ser usada para substituir o simpes ‘para’. É correto o uso de ‘de forma que’. – Exemplo: É importante ter um plano estratégico de forma que não se verifiquem investimentos em áreas que não interessa explorar.
Palavra ‘concerteza’ não existe. – Exemplo: “Compreenderá, com certeza, a nossa motivação”. Sinóminos: certamente, sem dúvida.
‘Currículo vitae’ não existe, já que mistura o Latim com o Português. – Curriculum vitae é uma expressão latina, já currículo é a palavra portuguesa que lhe corresponde.
O verbo ‘dispender’ não existe. – O verbo despender escreve-se com ‘e’, seja qual for a sua conjugação.
Dispor não se escreve com acento – Embora o verbo pôr se escreva com acento, os verbos que dele derivam não são acentuados no infinitivo. É o caso de dispor, contrapor, compor, propor e impor.
‘Empreendorismo’ não existe. – A palavra correta é empreendedorismo.
Construção ‘em anexo’ é usada incorretamente. – Quando anexo surge como adjetivo com função adverbial, o ‘em’ deve ser eliminado. Exemplo: Segue anexo o documento.
A palavra ‘expontâneo’ não existe. – O correto é espontâneo. Vale a pena referir ainda que a palavra correta é espontaneidade e não ‘espontaniedade’.
A forma correta é ‘expectativa’, com ‘x’. – ‘Espectativa’ não consta dos dicionários. Segundo o Novo Acordo Ortográfico, expectativa tem dupla grafia e pode ser escrito com ou sem ‘c’, ficando expetativa.
O correto é ‘houve’, independentemente de o resto da frase estar no singular ou no plural. – O verbo haver é um verbo impessoal, ou seja, só se conjuga na terceira pessoa do singular.
Palavras ‘inclusive’ ou ‘exclusive’ escrevem-se sempre sem acento. – Apesar de terminarem com ‘e’ aberto, não são palavras agudas, mas sim graves.
O advérbio de modo gratuitamente escreve-se sem acento. – Advérbios de modo terminados em ‘mente’ não levam acento. É o caso de necessariamente, obrigatoriamente, facilmente, diariamente, etc.
‘Monotorizar’ não existe. – A forma correta é monitorizar, que significa supervisionar ou controlar.
(cont.)