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O correto é ‘Olá, Joana’. – Para escrevermos corretamente, devemos colocar uma vírgula entre a interjeição olá e o vocativo Joana.
A palavra ‘promenor’ não consta dos dicionários e está errada. – A palavra correta é ‘pormenor’, de ‘por’ + ‘menor’.
Quando nos referimos à realização de uma reunião, devemos usar o verbo associado a um pronome pessoal. – Quando conjugado reflexivamente, o verbo reunir significa juntar-se com, agregar-se. Assim, o correto é escrever “Ontem reunimo-nos com a equipa”. Quando surge sem o pronome, reunir é um verbo transitivo direto que significa unir de novo ou juntar o que estava separado. Exemplo: “Reuni todos os elementos necessários para o desenvolvimento do projeto”.
‘Interviu’ não existe. A forma correta do verbo intervir na terceira pessoa do singular é ‘interveio’. – Intervir é um verbo composto a partir do verbo vir e não do verbo ver. Tal como se escreve ele veio, escreve-se ele interveio.
Mesmo que a frase esteja no plural, mantém-se sempre a forma ‘trata-se de’. – Sempre que surge acompanhado da preposição ‘de’, o verbo tratar não se reflexiona no plural, uma vez que é um verbo impessoal, ou seja, utiliza-se apenas na terceira pessoa do singular. Exemplo: Trata-se de uma loja…. | Trata-se de tecnologias capazes de…
FAQ é uma sigla, pelo que não tem plural. – FAQ significa Frequently Asked Questions. O plural é indicado pelas palavras que antecedem a sigla ou acrónimo, não sendo necessário escrever ‘FAQs’. O mesmo acontece com CD, DVD, PALOP ou PME.
Saudação ou nome próprio. – Sempre que pretendemos expressar boas-vindas, devemos escrever bem-vindo ou bem-vinda, com hífen. Benvindo ou Benvinda são nomes próprios.
Duas vezes por mês ou de dois em dois meses. – Bimensal significa duas vezes por mês. Bimestral significa de dois em dois meses.
Quando escrevemos ‘a maioria das pessoas’, o verbo pode ficar no singular, concordando com ‘maioria’, ou no plural, concordando com ‘pessoas’. – Embora os especialistas considerem ambas as formas corretas, a primeira (com o verbo no singular, concordando com maioria) reúne maior consenso.
Pronunciam-se de forma semelhante, mas não são sinónimos. – Crer significa acreditar ou confiar. Querer significa desejar ou ter vontade. Exemplos: “Creio (acredito) que tens razão. | Quero (desejo) muito que tenhas razão”.
Tenho roupa ‘de mais’ para meter na mala | Este texto é complexo ‘demais’. – A forma de verificar se devemos usar um ou outro é avaliar se pretendemos comunicar quantidade (de mais/a mais) ou intensidade (demais/muitíssimo). Demais pode assumir a forma de pronome (outros ou restantes) ou de advérbio (além disso, de resto). Exemplos: “Os demais serviços… | Verificam-se, demais, grandes diferenças entre…”.
Como ‘decerto’ já notou…. | ‘De certo’ modo, concordo consigo. – Se o significado é ‘com certeza’ ou ‘certamente’, usa-se o advérbio decerto. Se pretende comunicar a ideia ‘de determinado’, usa-se a expressão de certo.
Diferentes palavras, diferentes significados. – Discrição é a qualidade do que é discreto, confidencial. Descrição é o ato de descrever.
Atenção às percentagens, nomes e verbos. – Sempre que o sujeito é composto por percentagem seguida de nome, o verbo deve concordar sempre com o nome: Exemplo: “1% do grupo de fãs não gostou… | 1% dos fãs gostaram…”. Quando a expressão não é seguida de um nome, o verbo deve concordar com o número expresso na percentagem. Exemplo: “Dos subscritores, 25% visitaram o nosso blogue, mas só 1% preencheu o formulário”.
O truque da construção na negativa. – Enviarmos corresponde à primeira pessoa do plural do infinitivo pessoal do verbo enviar. O ‘mos’ faz parte da forma verbal e não é separado por hífen. Exemplo: “Ficou combinado enviarmos a proposta amanhã…”. Enviar-mos é o infinitivo impessoal e junta o verbo com o pronome pessoal átono ‘-mos’ (me + os=mos). Exemplo: “Não recebi os documentos. Pode enviar-mos novamente?”. Truque: Se construir a frase na negativa e a palavra não se partir, não leva hífen: “Ficou combinado não enviarmos a proposta”). Se a palavra se partir, leva hífen: “Recebi os documentos. Pode não mos enviar novamente?”.
(cont.)