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90 expressões que só um minhoto entende

Berço da pátria, terra de gente aguerrida e genuína. De Braga a Guimarães, de Viana a Barcelos... 90 expressões típicas do Minho. Quantas conhece?

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Minho
Minho

Palavras e provérbios que só no Minho se dizem e por isso somos tão genuínos. Quantas vezes ouvimos nas nossas aldeias, expressões como berregar, em vez de berrar. Ou então provérbios como: “Gente do Minho veste pano de linho.” Sabiam que já existe um dicionário minhoto? Vejam 90 expressões típicas do Minho e acrescentem outros que conheçam. E divirtam-se!

basculho (mulher pouco digna)

cabaneira (alcoviteira)

serigaita (rapariga fraquinha)

sonsa (pessoa falsa)

trambolho (mal jeitosa)

azeiteiro (armante)

borra-botas (zé-ninguém)

broeiro (rude)

lingrinhas (fraquinho)

trengo (palerma)

anda conós (connosco)

aqui há atrasado (há uns tempos atrás)

esperai-de (esperem)

pra bem era (isso é que era bom)

antromilho (entre o milho)

balado (declive)

benda (mercearia)

retunda (rotunda)

stander (stand)

bacia, labadeira (alguidar de plástico)

migalheiro, peteiro(mealheiro)

camurcina (casaco)

carcela (braguilha)

chuço (guarda-chuva)

setiã (soutien)

ajantes (jantes)

cambra dar (câmara de ar)

caminhete (camioneta)

raiders (rails)

relote (roulotte)

sofagem (chaufage)

bicha (mangueira)

bloques (blocos)

borronas (marcadores)

fox (lanterna)

loje (loja)

pisca-póles (busca-polos)

home (homem)

indreita (endireita)

alçamento (orçamento)

bacorada (asneira)

biscate (trabalho pequeno)

chaço (máquina velha)

lapada (estalada)

clipes (eucaliptos)

greiro (grão)

trompeteiro (melga)

quelunas (colunas)

bandulho (barriga)

canastro (corpo)

chispes (pés)

mozó (moela de frango)

grulha (miúdo que não se cala)

telhudo (teimoso)

verdugo (carrasco)

taluda (mulher alta)

coitáim (escutem)

tringalha (órgão sexual masculino)

patife (malandro)

dói-me as réns (dói-me as costas)

canguiço (dor no pescoço)

chieira (vaidade)

pichão (pichon, pixon)

antráguas (entre águas)

sendeiro (trapaceiro)

açafate (cesto pequeno)

pispirro (esguicho do bebedouro)

prezigo (conduto)

prosa (vaidade)

baganheira (coroa do relógio)

gorge (garganta)

desandador (chave de fendas)

Cruzeta (cabide)

em barda (grande quantidade)

fraldiqueiro (pessoa mal arranjada)

dala (lava loiça)

estrugido (refugado)

presigo (componente principal de um prato)

trampolineiro (vigarista)

brunir (passar a ferro)

sostra (preguiçosa)

piche (alcatrão)

estupor (mulher feira)

librandisca (vaidosa)

trilhar-se (aleijar-se)

barado (admirado)

aguça (afiadeira)

tona (casca de laranja)

basqueiro (barulho)

5 COMMENTS

  1. Guimarães:
    Tona: qualquer casca
    Alcatrão é espiche (não piche)
    Trilhar-se: entalar um dedo numa porta por exemplo, não éaleijar (é no sentido de apertar algo)
    Presigo: aperitivo
    De resto, alguns não conheço e outros são só má pronuncia de quem pouca ou nenhuma escola teve. As gerações atuais falam corretamente. Algumas palavras, como venda para mercearia ( e não benda, que isso é má pronuncia) sim são genuínas e eu continuo a usar com muito orgulho nas minha origens e tradições.

  2. Um Indreita não é endireita é um massagista, hoje em dia fisioterapeuta. Chispes enquanto pés é gíria não linguagem corrente, Brunir está correcto, passar a ferro é que não, uma vez que brunir seria mais sinónimo de engomar= passar goma na roupa para que fique impecávelmente lisa ao passar o ferro quente e já não se usa engomar camisas salvo em situações especiais. Verdugo é português e é esse o significado. Fox para lanterna é para incultos que não sabem escrever e dizer foco, que então aí seria o nome que alguns dão às lanternas – já agora também chamam simplesmente “Pilha” a uma lanterna alimentada a baterias (pilhas). E mais… Deixo agora uma engraçada para pesquisarem Pequeninho ou pequenino? Em Barcelos/Fafe/ diz-se pequeninho.

  3. Ha uma diferença grande entre calão e linguagem popular. O calão é usar palavras com outro sentido. A linguagem popular ou localismo é o que distingue o falar do Minhoto do do Alentejano. A minha Mãe era minhota mas sem qualquer pronúncia ou uso de palavras locais do Minho, porque saiu de Melgaco aos 13 anos e estudou. Já a minha Avó, porque não estudou, nunca perdeu o linguajar típico e a pronúncia Minhota. Para ela ir a casa de alguém era “prondá casa “, as chaves eram tchabes e amercearia era a venda, tal como a frigideira era sertã. Mas o verdadeiro localismo do Norte é no Porto! Ai um cadeado é um aluquete, um pão é um molete, um idiota é morcão, um chapéu de chuva é chuço, sapatos são biqueiros, medo é cagaço, e nós Lisboetas serrmos sempre mouros!

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